A “ação militar ocorre num contexto preciso e na circunstância de terem sido usadas armas químicas num conflito onde parece haver um consenso total quanto ao não ser aceitável que em qualquer conflito se recorra a tipos de armamento que são proibidos”, afirmou Azeredo Lopes.
Em declarações à Lusa, à margem de uma cerimónia no Museu do Ar, na base aérea de Sintra, o ministro da Defesa afirmou que o uso de armas químicas “é uma violação muito grave do direito internacional” e uma situação que “não é aceitável”.
Os ataques aéreos com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria foram realizados em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.
Azeredo Lopes sublinhou que a “ação militar” não causou baixas na população civil nem baixas militares e que “foi suficientemente forte para funcionar como dissuasão clara” e “para transmitir uma mensagem clara aos autores daquelas ações proibidas de que tais comportamentos não são aceitáveis”.
O ministro português da Defesa assinalou ainda que as “ações militares não traduziram a continuação de uma intervenção militar”.
Questionado sobre a possibilidade de uma solução política e diplomática para o conflito, Azeredo Lopes considerou que essa “é sempre a mais desejável”.
Contudo, “estas ações militares não têm como intenção induzir uma solução política, são ações militares que respondem a um comportamento que o direito internacional humanitário absolutamente proíbe”, assinalou.
O ataque da madrugada de sábado foi uma reação ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, ocorrido no dia 07 de abril e que terá provocado 40 mortos e afetado 500 pessoas.
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