Os Capacetes Brancos – socorristas que atuam em áreas sírias nas mãos da oposição – relataram a morte de nove civis devido ao ataque na cidade de Al Baab, onde outras 31 pessoas também ficaram feridas.

O grupo – que tratou alguns dos feridos e recuperou os corpos dos mortos no mercado popular – assegurou que os projéteis foram disparados a partir de “áreas controladas pelas tropas do regime e pelas Forças Democráticas Sírias (aliança armada liderada por curdos)”.

Assim como outros pontos ocupados do norte da Síria, Al Baab é uma cidade controlada pelas forças turcas, próximas dos movimentos de oposição inimigos do Governo de Damasco e das milícias curdas presentes no norte e nordeste do território sírio.

A agência oficial de notícias síria SANA ilibou o Exército de responsabilidade na violência na cidade, afirmando que as vítimas foram alvo de “fogo de artilharia mútuo entre a ocupação turca e as milícias” liderada pelos curdos.

Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos estimou em oito o número de mortos em Al Baab e assegurou que as tropas turcas responderam com disparos intensos contra seis aldeias próximas, onde as forças do Governo estão presentes.

Atualmente, vive-se uma escalada de tensão, depois de a Turquia ter bombardeado alvos curdos na Síria e no Iraque, na noite de terça-feira, provocando pelo menos quatro mortes em território sírio.

Grandes áreas das regiões do norte do Iraque e da Síria são controladas por duas forças curdas autónomas – que não são reconhecidas por Damasco, no caso sírio – onde operam outras milícias lideradas por aquela minoria étnica considerada terrorista por Ancara.