al-Assad nomeou como primeiro-ministro interino o atual ministro dos recursos hídricos, Hussein Arnous, em substituição do demitido Imad Khamis, até às eleições de julho e à formação de um novo governo.
A surpreendente demissão ocorre a meio de uma crise económica cada vez mais profunda que tem levado a população a protestar nas ruas dos territórios controlados pelo governo em manifestações que não eram vistas desde os primeiros dias da guerra civil que destruiu o país na última década.
A moeda nacional do país, a libra síria, atingiu nos últimos dias um mínimo histórico de 3.000 libras por dólar, quando era transacionada a 47 libras por dólar antes da revolução de 2011, ao mesmo tempo que os preços dos bens essenciais dispararam e alguns desapareceram mesmo dos mercados, enquanto os comerciantes lutam para conseguir acompanhar o aumento do custo de vida.
O colapso económico da Síria acontece pouco antes da entrada em vigor de novas sanções dos Estados Unidos contra quaisquer entidades ou países que façam negócios com o governo de al-Assad.
É esperado que as sanções agravem a já debilitada situação económica do país, onde mais de 80% da população vive abaixo da linha da pobreza.
As eleições parlamentares do próximo mês, inicialmente previstas para abril, já foram adiadas por duas vezes devido às restrições impostas pelo combate à proliferação da pandemia de covid-19 num país que se debate, ainda, com a falta de testes para o novo coronavírus e que regista apenas 152 casos e seis mortos nas zonas do país controladas pelo governo.
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