
“Às 17h30 [15h30 em Lisboa], o número de mortos no bairro de Sviatoshin, em Kiev, subiu para 12”, referiram, num breve comunicado, os serviços de emergência, atualizando o anterior balanço de nove vítimas mortais.
A Rússia atacou a capital ucraniana com vários mísseis e drones, causando danos em diversas áreas da cidade e pelo menos 90 feridos.
O bairro mais atingido foi Sviatozhin, no oeste de Kiev, onde dezenas de prédios de apartamentos e casas ficaram destruídas ou danificadas no maior ataque contra a capital ucraniana em vários meses.
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, negou que a Rússia tenha visado alvos civis no ataque contra a capital ucraniana, acusando Kiev de “continuar a sua propaganda”.
O Ministério da Defesa russo descreveu o bombardeamento como maciço e argumentou que foi realizado com recurso a armas de longo alcance e de alta precisão contra instalações militares de produção de armamento e de munições
De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia utilizou 11 mísseis balísticos Iskander-M, 37 mísseis de cruzeiro Kh-101, seis mísseis de cruzeiro Iskander-K, 12 mísseis de cruzeiro Kalibr, quatro mísseis aéreos guiados Kh-59 e 145 drones, incluindo vários drones kamikaze Shahed, no ataque contra Kiev.
Dos 70 mísseis disparados, as defesas aéreas ucranianas reivindicaram o abate de 48, uma taxa de interceção inferior à habitual, sinalizando escassez de munições e sistemas antiaéreos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque como mais um exemplo da relutância da Rússia em terminar a guerra e ordenou ao ministro da Defesa, Rustem Umerov, que transmitisse imediatamente aos parceiros todas as informações sobre a necessidade da Ucrânia de reforçar as defesas aéreas.
Além de Kiev, este novo bombardeamento russo provocou danos nas regiões ucranianas de Kharkiv (nordeste), Dnipropetrovsk e Jitomir (centro), Zaporijia (sudeste) e Khmelnytskyi (oeste).
Na véspera do ataque, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a acusar Zelensky de perturbar os esforços negociais de Washington com vista a um acordo de paz, devido à recusa do líder ucraniano em reconhecer a península ocupada da Crimeia como território russo.
Hoje, no entanto, criticou os bombardeamentos russos, que considerou desnecessários e inoportunos e exigiu a Vladimir Putin que pare os ataques.
“Não estou contente com os ataques russos a Kiev. Desnecessários e em má altura. Vladimir, basta!”, escreveu o líder republicano na sua rede social, Truth Social.
Na mesma mensagem, o Presidente norte-americano referiu que “5.000 soldados estão a morrer por semana”.
“Vamos fechar o acordo de paz”, acrescentou.
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