Em declarações à Lusa, Inês Sousa Real afirmou que este é um tempo “de reflexão” sobre o futuro e de “agradecimento” a André Silva, que no domingo anunciou que em junho deixaria o parlamento e o cargo de porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), pelo trabalho que fez nos últimos anos, pelo partido e pelas suas causas.
Sobre a eventualidade de vir a ser candidata, no congresso já previsto para junho, afirmou: “Atendendo àquelas que são as responsabilidades assumidas no partido, não me excluo dessa reflexão [sobre o futuro do partido.”
“A seu tempo, e oportunamente, as candidaturas à comissão política nacional do partido serão conhecidas e, portanto, é um trabalho interno que terá que ser feito e para o qual estamos todas e todos convocados”, afirmou ainda.
Tendo em conta a decisão de André Silva, disse, haverá um congresso já e “todas e todos os filiados” estão “convocados para participar daquilo que é o início de um novo ciclo político para o partido”.
A líder da bancada do PAN relativizou a saída do atual porta-voz, afirmou que é “natural e saudável”, dentro da “construção democrática” interna, ainda mais por o partido tem “valorizado a não perpetuação nos cargos”.
Em síntese, Sousa Real está “em reflexão” e quis expressar “um agradecimento” ao atual porta-voz porque “se o PAN chegou onde chegou deve-o a este coletivo de pessoas que trabalharam muito empenhadas para fazer avançar as causas que formam o ideário” do partido e “o André também é um exemplo disso”.
O porta-voz do PAN, André Silva, anunciou no domingo que vai abandonar as suas funções executivas no partido e o lugar de deputado no parlamento, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.
"Volvidos vários anos de intenso trabalho e de uma magnífica experiência cívica e pessoal, decidi não me recandidatar aos órgãos nacionais do partido", escreveu André Silva numa carta que dirigiu aos militantes do PAN e que publicou na sua página pessoal no Facebook.
Na carta, o porta-voz do PAN considera que "chegou a hora de mudar" e refere que, tendo sido pai há 5 meses, entende que deve "apanhar o comboio da paternidade para materializar valores" que considera essenciais nas esferas privada e pública.
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