A comissão eleitoral declarou que são aceites candidaturas a 15 de agosto.
Wickremesinghe deverá concorrer, enquanto os principais rivais são o líder da oposição, Sajith Premadasa, e Anura Dissanayake, dirigente de um partido político de esquerda que ganhou popularidade após a crise económica, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).
Trata-se da primeira eleição no país asiático depois deste ter declarado falência em 2022 e suspendido o pagamento de cerca de 83 mil milhões de dólares (76,4 mil milhões de euros) de empréstimos nacionais e estrangeiros.
A situação seguiu-se a uma severa crise cambial que provocou escassez de bens essenciais, como alimentos, medicamentos, combustível, gás e cortes de energia prolongados.
As eleições são vistas como um voto crucial aos esforços do país para concluir um programa de reestruturação da dívida e de completar as reformas financeiras acordadas no âmbito de um programa de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A convulsão económica do país conduziu a uma crise política que obrigou o então Presidente Gotabaya Rajapaksa a demitir-se em 2022.
O Parlamento elegeu Wickremesinghe como sucessor, na altura primeiro-ministro.
Sob a presidência de Wickremesinghe, o Sri Lanka tem estado a negociar com os credores internacionais a reestruturação das dívidas e o relançamento da economia.
O FMI aprovou também, em março, um programa de ajuda de quatro anos para apoiar a nação insular.
No mês passado, Wickremesinghe anunciou que o Governo chegou a um acordo de reestruturação da dívida com países como Índia, França, Japão e China.
A situação económica melhorou sob a liderança do novo Presidente. No entanto, a insatisfação da opinião pública cresceu com o Governo a tentar reforçar as receitas com o aumento das faturas da eletricidade e a imposição de novos impostos sobre os rendimentos dos profissionais e das empresas.
A crise do Sri Lanka resultou de uma combinação de vários fatores: a má gestão económica, aliada à pandemia de covid-19 e aos ataques terroristas de 2019, que devastaram a importante indústria do turismo.
A crise do coronavírus também perturbou o fluxo de remessas dos cingaleses a trabalhar no estrangeiro.
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