A ligação da operadora Resende entre Matosinhos e Porto esteve toda a manhã e início da tarde condicionada, com os motoristas a deixarem os passageiros na fronteira entre as duas cidades devido ao protesto dos “coletes amarelos”, disseram à Lusa motoristas e utentes.
O condicionamento afetou pelo menos as linhas 104, que liga Vilar do Senhor (Lavra, Matosinhos) — Cordoaria (Porto), e 119, entre Paiço (Lavra, Matosinhos) e Cordoaria.
Aos clientes, os motoristas da operadora de transporte público alegaram que esta alteração de termino de percurso em Matosinhos, e não no Porto, estava relacionada com o protesto dos coletes amarelos, com início marcado para a rotunda de Francos.
Contactada pela Lusa, fonte do Departamento de Tráfego da Resende revelou que a normalidade foi reposta às 15:30.
Apesar de ter estado sempre em funcionamento, a STCP teve de ajustar alguns percursos de linhas entre as 07:00 e 11:00 devido ao protesto.
“Estes ajustes provocaram a desativação temporária de algumas paragens, particularmente entre a Casa de Saúde da Boavista e a Rua S. João de Brito/AEP”, explicou a STCP, numa nota enviada à Lusa.
Os cerca de 100 participantes no protesto dos “coletes amarelos” na cidade do Porto desmobilizaram na zona dos Aliados cerca das 13:00, sem que se registassem mais incidentes com as autoridades, constatou a Lusa no local.
Os manifestantes, que rumaram do nó de Francos, na zona da Boavista, chegaram pelas 12:30 à avenida dos Aliados, onde acabaram por desmobilizar pouco antes das 13:00, ficando apenas sete pessoas a conversar.
A polícia identificou durante a manhã oito manifestantes no protesto dos “coletes amarelos”, junto à rotunda do Nó de Francos, disse à agência Lusa fonte da Direção Nacional da PSP.
Os protestos dos “coletes amarelos” em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
A lista das manifestações dos “coletes amarelos” na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
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