O processo está bloqueado há meses devido às reticências e críticas de Ancara sobre uma ausência de cooperação no combate ao “terrorismo” de grupos curdos.
Em declarações na Finlandia, onde se reuniu com a Presidente Sauli Niinisto e a primeira-ministra, Sanna Marin, o chefe político da NATO defendeu ser uma “prioridade” a rápida entrada de Estocolmo e Helsínquia na aliança e reiterou que os dois países cumpriram os seus acordos trilaterais com Ancara.
“Estamos a progredir. Há duas semanas reuni-me com o Presidente [Recep Tayyip Erdogan] e concordámos organizar uma reunião com a Finlândia, Suécia e Turquia em Bruxelas na próxima semana”, assinalou o ex-primeiro-ministro norueguês numa referência ao processo de ratificação, pendente da luz verde da Turquia e Hungria.
Após meses de bloqueio, a NATO fixou a cimeira os países aliados em Vilnius, na Lituânia, no próximo mês de julho como o prazo para a adesão de suecos e finlandeses, após assumir que o cenário eleitoral na Turquia previstas para maio implicará um prolongamento até ao verão do processo de ratificação ao ingresso de Estocolmo e Helsínquia.
“A minha mensagem é que tanto a Finlândia como a Suécia cumpriram o que prometeram no acordo trilateral que assinaram com a Turquia em junho passado em Madrid”, argumentou Stoltenberg na capital finlandesa, apesar de ter reconhecido que cabe aos aliados a responsabilidade de retificar a adesão dos novos membros.
“Não temos uma data mas estamos a trabalhar para que suceda o mais breve possível”, disse, numa referência ao prazo para que suecos e finlandeses adiram à NATO.
O chefe da organização militar aliada assegurou estar “totalmente convencido” de que Suécia e Finlândia serão membros da NATO, recordando que os 30 aliados concordaram convidar os dois países para se integrarem na Aliança, que posteriormente todos assinaram o protocolo de acesso.
Por sua vez, Sanna Marin assinalou que a entrada da Finlândia e Suécia na aliança militar reforça a “política de alargamento de credibilidade” da NATO, mas também recordou que a questão está “nas mãos” da Hungria e Turquia. “Aguardamos o final do processo de ratificação, mais cedo que tarde, esperamos que seja antes da cimeira”, disse.
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