“As conversações estão a decorrer e estou confiante de que vamos encontrar uma boa solução na cimeira” da NATO, que decorre a 11 e 12 de julho na capital da Lituânia, declarou Jens Stoltenberg.

Falando em antecipação da reunião dos ministros da Defesa da NATO, que decorre na quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas, o secretário-geral da Aliança Atlântica apontou que “a tarefa mais urgente agora é garantir que a Ucrânia prevaleça como uma nação independente e soberana porque, a menos que a Ucrânia prevaleça e possa continuar a ser um Estado democrático na Europa, não há qualquer adesão que deva ser discutida”.

“Depois também espero que os Aliados concordem com um programa plurianual em que ajudemos a Ucrânia a fazer a transição em termos de normas, equipamentos, procedimentos e doutrinas sólidas […] e ao fazê-lo, claro, estamos a aproximar a Ucrânia da NATO”, referiu Jens Stoltenberg.

Uma eventual integração da Ucrânia na NATO só poderá ser concretizada no final da guerra da Ucrânia, dado que a Aliança Atlântica se rege pelo artigo 5.º, que prevê reação dos Aliados perante ataque armado contra um dos membros.

O líder da NATO escusou-se a abordar “os diferentes elementos ou as conclusões” sobre esta futura integração, precisamente por ainda estarem a decorrer consultas dentro da Aliança Atlântica, mas salientou que os Aliados “estão de acordo em muitas coisas no que se refere à adesão da Ucrânia”, como facto de “a porta estar aberta” e de que Kiev será futuramente “membro da aliança”.

Além disso, “todos concordamos que cabe […] aos Aliados da NATO decidir quando é o momento certo para a Ucrânia se tornar membro da aliança”, adiantou Jens Stoltenberg.