“Até amanhã (quarta-feira) vamos apresentar o pedido à NATO. É uma mensagem forte e um sinal claro de que estamos juntos no futuro”, disse Niinisto, numa conferência de imprensa conjunta com Andersson.

O anúncio surgiu depois de o Parlamento finlandês ter ratificado, hoje, por maioria, a entrada do país na Aliança Atlântica, numa decisão formalizada há dois dias pelo Presidente e pelo Governo, e depois de também o Governo sueco ter anunciado, na segunda-feira, que iria solicitar a entrada na organização.

Andersson sublinhou que a adesão à Aliança – da qual a Suécia e a Finlândia são aliados, mas não membros – é “o melhor para a segurança” dos dois países, congratulando-se por terem escolhido o mesmo caminho e o fazerem juntos, recordando os laços históricos e culturais que unem os países.

“Aderir à NATO fortalece a segurança da Suécia, mas também do Báltico. Fazê-lo ao mesmo tempo que a Finlândia significa que contribuiremos para a segurança do norte da Europa”, explicou Andersson.

Niinisto falou de um “passo histórico” conjunto e de um “triunfo” da democracia, assegurando que o norte da Europa será a partir de agora “uma fortaleza”.

“Tive uma conversa telefónica com (o Presidente russo, Vladimir) Putin, num outro dia, e fiquei muito surpreeendio por ele estar calmo. Pode-se perguntar por que razão. Uma explicação pode ser que a Rússia não quer dizer ao seu povo que tem novos problemas”, disse o Presidente finlandês.

A Suécia e a Finlândia já receberam apoio da NATO – durante uma reunião informal dos seus ministros dos Negócios Estrangeiros, em Berlim, no domingo – embora a Turquia tenha criticado a decisão, alegando que estes países têm dado apoio a grupos “terroristas” de ativistas curdos.

Contudo, tanto Niinisto como Andersson disseram hoje que estão seguros de que a situação com a Turquia poderá desbloqueada, através do diálogo diplomáticos com Ancara.