Questionado pelo deputado social-democrata Paulo Moniz, o presidente da comissão de inquérito confirmou que a documentação já chegou à comissão.
“Como estamos todos em audições, não sei o quem em que condições e com que classificação”, disse Seguro Sanches.
Horas antes, o ministro das Finanças tinha afirmado que a comissão de inquérito da TAP ia ter acesso hoje mesmo a toda a documentação sobre os processos de demissão dos presidentes executivo e do Conselho de Administração da empresa.
Esta garantia de Fernando Medina foi transmitida em plenário, na Assembleia da República, num debate sobre o Programa de Estabilidade acompanhado pelas ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes. Estas duas ministras também estiveram envolvidas da controvérsia em torno da existência ou não de um parecer jurídico que fundamenta as demissões daqueles administradores da TAP.
Questionado pelos deputados Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda), Hugo Carneiro (PSD) e Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal), o titular da pasta das Finanças respondeu: “Ainda hoje, a comissão parlamentar de inquérito [sobre a gestão da TAP] irá ter acesso a todos os documentos”.
“Irá ter acesso aos documentos que solicitou da primeira vez. E aqueles que aliás não solicitou dessa primeira vez e constituem a espinha dorsal do processo de demissão dos administradores da TAP”, declarou.
Nesta questão relativa ao tema da TAP, Fernando Medina considerou “deplorável a adjetivação” que ouviu nos últimos dias a propósito do envio dos documentos à comissão de inquérito.
“Deplorável de vários deputados. A ministra da Presidência esclareceu tudo”, sustentou.
De acordo com Fernando Medina, os deputados, agora, “poderão ver e poderão fazer uma segunda tentativa na criação de algo que não conseguiram demonstrar na primeira vez”.
“A mesma adjetivação que usaram - e que é tão imprópria na nossa vida democrática - foi derrotada na primeira vez. E será também derrotada nesta segunda vez”, acrescentou.
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