“Portugal deve empenhar-se na criação dos paramédicos, por forma a garantir a segurança da comunidade a que atende, de forma estratégica, fornecendo a igualdade de cuidados médicos de emergência a todos os portugueses, e só o fará com a paramedicina”, consideram.
Segundo a ANTEM, “não é financeiramente comportável a continuidade do atual sistema, que insiste em falhar invariavelmente, originando verdadeiras situações deploráveis”, já que Portugal não dispõe de profissionais de saúde em número suficiente para continuar num modelo obsoleto.
“Estes profissionais de saúde são cada vez mais necessários nos hospitais e demais infraestruturas da saúde, fornecendo os cuidados para os quais foram formados de base, nas especialidades que fizeram”, lê-se numa nota da ANTEM.
Um bebé de 11 meses morreu na sexta-feira ao final de tarde no hospital de Portimão enquanto aguardava transferência para Lisboa, já que o hospital de Faro estava sem serviço de Pediatria, disse à Lusa fonte oficial.
Segundo fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), quando as equipas se preparavam para transportar o bebé para o hospital de Faro de helicóptero, o seu estado clínico agravou-se, tendo a criança acabado por morrer ao final da tarde.
De acordo com a ANTEM, os paramédicos estão entre os profissionais de saúde mais versáteis do mundo e a paramedicina “é verdadeiramente a profissão apta a atuar em todos os extremos”.
“Por este e outros motivos, a ANTEM mantém a insistência na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, não obstante o aparente desinteresse que se tem vindo a vislumbrar na busca da verdade, da responsabilização e de um novo caminho para o INEM”, conclui.
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