Em declarações aos jornalistas, ao início da tarde, no Açude de Abrantes, distrito de Santarém, Carlos Martins ressalvou que, só após a conclusão das análises realizadas, poderá ser possível associar esta situação à atividade das instalações industriais, que laboram nas margens do rio Tejo.
“Ainda não sabemos quais foram as causas deste evento. Estamos a estudá-las e a tomar medidas de precaução para chegar à fonte”, explicou o governante, referindo que as análises estarão concluídas na quarta-feira e a avaliação causa efeito na próxima semana.
Nesse sentido, Carlos Martins ressalvou que a imposição do Governo à empresa Celtejo (sem nunca referir o nome da empresa de papel) para que reduzisse as suas emissões para o rio Tejo “nada têm a ver com qualquer desconfiança”.
“Foram cumpridas as recomendações que foram dadas. São medidas de precaução e não estão para já ligadas a nenhuma particular situação de desconfiança aos caudais descarregados. As análises dirão se sim ou não a qualquer associação entre as duas situações”, apontou.
Por outro lado, o secretário de Estado do Ambiente referiu que foram criados mais dois postos de monitorização à qualidade da água do Tejo e reduzido o intervalo de tempo entre cada medição.
“Eram cinco postos que faziam uma monitorização a cada 48 horas e agora fazem um controlo diário”, adiantou.
Entretanto, no local continua a ser retirada a espuma do rio, mas, segundo referiu o governante, “é agora um trabalho mínimo”.
“Quero aqui destacar a colaboração muito ativa dos bombeiros que ajudaram à retirada mais célere da espuma”, apontou.
A remoção da espuma que cobre o Tejo em Abrantes, a redução da atividade da empresa Celtejo e a retirada de sedimentos do fundo de albufeiras foram medidas anunciadas na sexta-feira, em Abrantes, pelo Governo devido à poluição registada recentemente no rio.
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