O canal de televisão estatal difundiu imagens do corredor junto ao campo de refugiados palestiniano de Al Wafidin, que separa as áreas controladas pelo Exército sírio e as fações da oposição e islamitas, em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco.
Em Al Wafidin estão vários autocarros e ambulâncias prontos para transferirem os civis para o centro de acolhimento de Al Dueir, a dois quilómetros do campo de refugiados palestinianos.
Mesmo assim, o jornalista da televisão oficial síria refere que “grupos terroristas” estão a disparar foguetes atingindo a zona de evacuação.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos regista-se “uma situação de calma” em Ghouta oriental desde as 09:00 (07:00 em Lisboa), a hora acordada para o início da trégua humanitária.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou na segunda-feira as tréguas na região que tem sido alvo de ataques da artilharia de campanha de Damasco e dos bombardeamentos aéreos apoiados pela aviação da Rússia, país aliado do regime sírio.
“Por ordem do presidente russo e com o objetivo de evitar vitimas entre a população civil de Ghouta oriental, desde o dia 27 de fevereiro (…) vai cumprir-se uma pausa humanitária”, anunciou o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu.
A trégua que o ministro russo vinculou à resolução 2401, aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, prolonga-se até às 14:00 (12:00 em Lisboa).
A resolução da ONU, que a Rússia aceitou - depois de algumas alterações - determina que “todas as partes cessem as hostilidades” e que se comprometam a manter uma “pausa humanitária de, pelo menos 30 dias seguidos, em todo o território sírio”.
Desde o dia 18 de fevereiro que Ghouta oriental tem sido alvo de ataques da aviação de combate síria e russa e da artilharia de campanha governamental.
A ação militar já fez 561 mortos, entre os quais 139 crianças e 83 mulheres, de acordo com os dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização não-governamental com sede de em Londres.
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