Os testes antigénicos à presença do SARS-CoV-2 que podem ser feitos em casa começaram a ser vendidos nas farmácias e supermercados no final da passada semana. Só nos primeiros dois dias já tinham sido adquiridos mais de 10 mil testes nas lojas Well’s, do grupo Sonae, onde foram colocados à venda logo na quinta-feira.

Ao SAPO24, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) avançam que o SNS24 recebeu "38 contactos de utentes assintomáticos que comunicaram resultado de autoteste positivo" no espaço de uma semana. O número diz respeito aos testes comunicados até esta quinta-feira, 8 de abril.

Recorde-se que devem ser comunicados à Linha Saúde 24 (808 24 24 24) todos os resultados positivos ou inconclusivos. "Quando os utentes transmitem resultado inconclusivo ou positivo, é emitida automaticamente uma requisição de teste laboratorial COVID-19 (RT-PCR)", explica o SPMS ao SAPO24.

De acordo com a circular conjunta do Infarmed, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), publicada no dia 19 de março, também seria possível comunicar os resultados num formulário online — "a ser criado oportunamente para o efeito na página web covid19.min-saude.pt" —, mas até ao momento essa plataforma ainda não está disponível.

O testes rápidos de antigénio (TRAg) podem ser adquiridos em farmácias, parafarmácias e supermercados graças a um regime excecional. Comprados individualmente ou numa caixa de 25 unidades, apenas podem ser vendidos a pessoas com mais de 18 anos.

O Infarmed recebeu até 30 de março 32 pedidos para autorização de autotestes do novo coronavírus de 21 fabricantes, mas até à data apenas um foi autorizado por ter preenchido todos os critérios.