"Pela Cultura também se educa. Nem uma vítima mais", explicou à Lusa o diretor artístico da sala de espetáculos do Minho, Paulo Brandão, que adiantou ainda que além de encerrar as portas durante o dia, também a Companhia de Teatro de Braga (CTB) cancelou o espetáculo previsto para hoje.
O palco será às portas do Theatro de Rua naquele que se espera que seja um "momento de reflexão, solidariedade e de alerta" contra um "flagelo que afeta a sociedade e não deve ser escondido".
Segundo Paulo Brandão, a vítima "era parte da equipa, da família do Theatro Circo, desde 2010" e deixa "na memória dos colegas uma profunda bondade, a simpatia e o sorriso fácil, a prontidão em ajudar em todas as situações, mesmo em momentos de adversidade".
O responsável salienta que a vítima, Gabriela, "foi vítima de violência doméstica" e que o Theatro Circo, que conta com 17 mulheres na equipa para fazerem do espaço "um lugar de fruição de arte, de cultura, de harmonia, não pode deixar de repudiar profundamente este ato de violência que tirou a vida a uma das melhores pessoas que contribuía diariamente para esta casa".
"Convidamos a cidade a juntar-se a nós, vestindo de branco e trazendo consigo uma flor", pediu Paulo Brandão.
A Gabriela, que tinha 50 anos e deixa dois filhos, foi morta "por uma arma branca", sendo que o suspeito do crime entregou-se numa esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP), disse à agência Lusa fonte desta força policial.
Segundo fonte da Direção Nacional da PSP, um homem, com cerca de 50 anos, entregou-se "numa esquadra do Comando Distrital de Braga indicando que feriu a sua companheira com uma arma branca".
"A PSP deslocou-se ao local indicado pelo suspeito, a via pública, e encontrou a vítima. Foram acionados os meios de emergência e o óbito foi declarado no local", referiu a mesma fonte, adiantando que a mulher tem cerca de 50 anos.
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