"Foi aquele resultado que me fez ir a jogo, disse, em declarações aos jornalistas, acrescentando: "Hoje é o quilómetro zero e a maratona vai ser longa. Estou pronto. Preparei-me durante estes anos todos e hoje é o momento de virar a página. O futuro começou hoje aqui no quilómetro zero".
Nas últimas eleições presidenciais, Vitorino Silva teve 152.045 votos em termos nacionais e foi o segundo candidato mais votado no seu concelho, com 22,71% e 8.212 votos, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa.
Falando hoje em frente aos Paços de Concelho, em plena Feira de S. Martinho, contou que foram os resultados das eleições presidenciais que motivaram esta candidatura à presidência da autarquia.
"É o meu chão, é a minha terra, conheço os penafidelenses estou orgulhoso. Já joguei muitas vezes fora e vou ter o prazer de jogar em casa, com o apoio da massa associativa", disse, sorridente.
Vitorino Silva, de 45 anos, vestia uma samarra, peça do vestuário tradicional de Penafiel, que muitas pessoas aproveitam para comprar na Feira de S. Martinho.
"Eu já venho aqui há 45 anos. Nunca falhei uma feira de S. Martinho, que é o símbolo de Penafiel", comentou, enquanto era saudado pelas pessoas que iam passando na rua e que o chamavam pelo nome.
Vitorino Silva disse aos jornalistas não ter medo do resultado e que "em democracia os votos chegam para todos".
"O maior património de Penafiel são as pessoas. O Tino é um íman que não tem medo de tocar nas pessoas e de ser tocado pelas pessoas. Eu estou no meio do povo sempre, não é só em tempo de eleições", declarou.
Bem-disposto, o candidato prometeu "apanhar votos à direita, à esquerda, à frente e atrás".
"A minha candidatura vai ser de 360 graus, para todos, porque os penafidelenses têm de ser olhados todos da mesma maneira", afirmou.
E prosseguiu: "Sou um homem só, mas não estou sozinho. Quis aparecer hoje sozinho para dizer que eu não tenho medo".
Vitorino Silva referiu que a sua candidatura é um "ponto assente" e que a dúvida agora é saber se o fará pelo partido TOP (Todo o Português), que diz estar a formar, ou liderando um grupo independente, mas com a mesma designação.
Nesta fase, explicou, já está a recolher assinaturas para criar o partido, contando já 1.500.
O candidato disse esperar reunir 7.500 assinaturas para entregar no Tribunal Constitucional, em janeiro. Se a legalização não for a tempo das eleições autárquicas, ressalvou, avançará como independente.
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