“Vamos rentabilizar sinergias, com respeito pelo ADN e autonomia de cada título”, disse hoje o ‘publisher’ do grupo Cofina, Octávio Ribeiro, citado pela agência Lusa.
Segundo este responsável, “as obras já começaram hoje” e dizem respeito à “atual sede”, no Alto dos Moinhos.
Em causa estão “todos os títulos” do grupo, precisou.
Além do Correio da Manhã, Sábado, Record e Jornal de Negócios, fazem parte da Cofina publicações como a Flash, Máxima e Destak. O grupo detém também a CMTV.
Questionado pela Lusa sobre o que isso implica em termos editoriais, ou seja, se poderá haver despedimentos ou o desaparecimento de algum dos títulos, Octávio Ribeiro garantiu que não significa “nada”.
A Cofina fechou o primeiro semestre do ano com um lucro de 718 mil euros, uma redução de 69,3% face aos 2,34 milhões de euros registados entre janeiro e junho de 2016, foi divulgado em julho passado.
Em comunicado enviado na altura à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo de ‘media’ indicava que o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no período em análise foi de 5,6 milhões de euros, uma queda de 12,7% face aos 6,4 milhões de euros de igual período no ano passado.
Na ocasião, a Cofina sublinhou que, no atual "contexto adverso" do setor dos media, "está a implementar um plano de reestruturação, que visa preparar a empresa para a realidade atual e futura, garantindo a sua sustentação e níveis de rentabilidade adequados".
"O referido plano passa pela otimização da estrutura e do portefólio de produtos. Neste sentido, nas contas do primeiro semestre estão incluídos dois milhões de euros referentes a custos de reestruturação", informou o grupo.
Em 30 de junho de 2017, a dívida líquida nominal da Cofina era de 56 milhões de euros, refere o texto enviado à CMVM.
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