Segundo Rogério Bacalhau, que falava aos jornalistas durante um 'briefing' no quartel dos bombeiros de Faro, por agora, "não será possível" àquela comunidade regressar ao local, devido aos “danos causados pelo tornado” nas estruturas precárias onde residem, construídas com madeira e telhas.
Além desta comunidade, cujo realojamento está a ser tratado pelos serviços de Ação Social da Câmara, há ainda a registar dois desalojados na freguesia do Montenegro - um casal que, entretanto, já foi realojado numa estalagem na Praia de Faro -, e uma mulher, que vai ficar na casa do filho.
De acordo com o autarca, apesar dos danos materiais - derrube de árvores, de painéis de publicidade e de iluminação pública -, não existem vítimas ou danos pessoais decorrentes do fenómeno extremo de vento que hoje pelas 16:00 atingiu a cidade.
O comandante dos Bombeiros Sapadores de Faro disse, por seu turno, que se registaram, no total, 50 ocorrências mais significativas, tendo estado envolvidos 60 operacionais de várias forças de socorro e dos serviços camarários.
Rogério Bacalhau frisou ainda que todas as vias de circulação estão já desimpedidas e que a situação meteorológica deverá melhorar nas próximas horas.
O tornado terá tido origem na Praia de Faro - onde, na quarta-feira, se formou um fenómeno idêntico - fazendo depois o trajeto da zona externa da cidade e seguindo em direção ao concelho vizinho de Olhão.
Em Olhão, as zonas mais atingidas foram Pechão e Moncarapacho, freguesia onde o vento forte derrubou o muro do Estádio António João Eusébio, enquanto decorria um jogo de futebol, danificando várias viaturas, sem causar vítimas.
O vento forte derrubou ainda algumas estruturas na Estrada Nacional (EN) 125, sobretudo em 'stands' de automóveis, provocando ainda cortes de eletricidade.
No centro comercial Fórum Algarve há registo de vidros partidos na zona da restauração e de cadeiras arrastadas pelo vento.
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