A presença na reunião foi decidida num plenário realizado à porta dos Paços do Concelho no passado dia 14 de dezembro e que motivou a desmarcação da reunião em que se previa fechar o acordo entre o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e o município.
A vice-presidente do município, que detém o pelouro dos Recursos Humanos, Inês Barroso, reafirmou hoje que desmarcou a reunião por entender que a manutenção do plenário quando se estava à beira de um acordo quebrou “a base de confiança e respeito mútuo” que havia pautado as relações do executivo com o STAL.
O presidente do executivo escalabitano, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmou que, mesmo sem acordo quanto ao ACEEP, os trabalhadores não serão prejudicados, já que, em despacho, a autarquia concedeu os três dias de férias que haviam sido retirados nos anos da ‘troika’, considerando mais vantajosa a fórmula encontrada, de concessão de três dias de dispensa (não sujeitos ao corte do subsídio de refeição) para todos os trabalhadores com classificação de “adequada” na avaliação.
Frisando que o despacho abrange “todos os 796 trabalhadores” do município e não apenas os cerca de 400 sindicalizados no STAL, Ricardo Gonçalves declarou que o despacho concede ainda o dia de aniversário e dispensa no dia de funeral de um familiar.
Falando no período destinado ao público, no final da reunião, Cármen Melro, dirigente regional do STAL e funcionária do município “há quase 30 anos”, fez um historial do processo negocial, lamentando que Ricardo Gonçalves tenha “ficado incomodado” por ver os trabalhadores à porta da câmara, num protesto que havia sido decidido dias antes em plenário.
Elsa Lopes, coordenadora da delegação distrital de Santarém do STAL, afirmou que o acordo estava preso apenas quanto à questão do desconto de até 60 minutos para os horários contínuos.
Reconhecendo que o despacho do município responde a boa parte das reivindicações dos trabalhadores, a sindicalista sublinhou que o STAL “não quer um ato de boa vontade, mas a assinatura do ACEEP”, apelando ao retomar das negociações “para responder às expectativas”.
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