Os funcionários concentraram-se na Praça da Independência, em frente do edifício-sede do município de Maputo, mantendo a paralisação laboral que cumprem desde segunda-feira.
Na sequência da aglomeração, as autoridades municipais colocaram membros da Polícia de Proteção e da Polícia Municipal à entrada da sede do governo da capital moçambicana, como forma de prevenir eventuais desacatos.
“Não vamos abandonar a greve, enquanto não tivermos uma resposta satisfatória, andamos a tentar encontrar uma solução há meses, mas o município não cede na sua posição”, disse à Lusa um dos trabalhadores, que pediu para não ser identificado.
Um outro funcionário avançou que o município não atualiza os salários desde 2019 e a situação dos trabalhadores tem vindo a piorar, porque a maioria ganha cerca de quatro mil meticais (pouco mais de 57 euros).
“Trabalhamos aqui, porque não temos para onde ir, estamos todos asfixiados pelas contas”, relatou.
Os representantes dos grevistas mantiveram um encontro com membros da direção do município, mas os resultados da reunião ainda não são conhecidos.
Várias classes profissionais da administração pública moçambicana têm ameaçado com greves, em contestação aos baixos salários e a erros de enquadramento na TSU, apresentada pelo executivo moçambicano como instrumento para a correção de desequilíbrios salariais no Estado.
A Lusa não conseguiu uma reação da direção do município de Maputo, mas o diretor dos Recursos Humanos da autarquia, citado pelo diário O País, afirma que as autoridades da capital não têm condições para “pagar com base na Tabela Salarial Única”.
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