O programa "Fórum", que conta este ano com 44 filmes, é "a secção mais ousada" do festival de Berlim, recorda a organização, com produções 'avant garde', experimentais, ensaios ou com uma reflexão política.
Para o realizador João Viana, esta será uma dupla participação no festival de Berlim, uma vez que à curta-metragem "Madness", integrada na competição, terá a longa-metragem "Our Madness" na secção "Fórum".
O filme pretende discutir a realidade atual de Moçambique - onde foi rodado - e conta a história de um menor que retira a mãe de um hospital psiquiátrico, em Maputo, para a levar ao encontro do pai, que está numa zona de confrontações militares, devido à crise política no país.
João Viana, nascido em Angola, volta a Berlim onde já recebeu um prémio pela longa-metragem "A batalha de Tabatô".
Na secção "Fórum" estará ainda "A Árvore", terceira longa-metragem de André Gil Mata, rodada no inverno passado na Bósnia-Herzegovina, onde já tinha feito antes o filme "How I fall in love with Eva Ras".
Sandro Aguilar estará em Berlim com "Mariphasa", um filme com pistas narrativas sobre um tempo de ruínas, como refere o festival de Vila do Conde, que exibiu esta produção no ano passado.
A 68.ª edição do Festival de Cinema de Berlim decorrerá de 15 a 25 de fevereiro.
Da programação que tem vindo a ser anunciada, a competição de curtas inclui "Madness", de João Viana, "Onde o verão vai (episódios da juventude)", de David Pinheiro Vicente, e "Russa", uma obra conjunta de João Salaviza e Ricardo Alves Jr..
Do júri da competição de curtas faz parte o realizador português Diogo Costa Amarante, Urso de Ouro em 2017, com "Cidade Pequena".
No programa paralelo Berlinale Talents estará o realizador André Santos e no "Project Labs" este cineasta apresentará o projeto do documentário "Na Floresta" (título provisório), coassinado com Marco Leão.
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