O Tribunal Distrital de Auckland decidiu que a Whakaari Management, propriedade dos irmãos Andrew, James e Peter Buttle, não cumpriu as obrigações de segurança antes de uma visita turística ao vulcão e emitirá a sua condenação em fevereiro.
A 09 de dezembro de 2019, o Whakaari entrou em erupção quando dezenas de turistas se encontravam na ilha ou perto dela, matando 22 pessoas e ferindo 25.
Durante a leitura da decisão, o juiz Evangelos Thomas sublinhou que a Whakaari Management não tomou as medidas necessárias para evitar “expor qualquer pessoa ao risco de morte ou ferimentos graves”, segundo a audiência seguida virtualmente pela agência de notícias EFE.
O magistrado explicou que a Whakaari Management, nas mãos da família desde 1936, cometeu um erro grave ao não procurar mais informações junto de especialistas para reduzir os riscos ligados à atividade vulcânica.
“Não deveria ter sido uma surpresa que o Whakaari pudesse entrar em erupção a qualquer momento e sem aviso prévio, com risco de morte e ferimentos graves”, afirmou o magistrado, que também rejeitou outra acusação contra a empresa relacionada com a segurança dos próprios trabalhadores.
O julgamento começou em julho, com os sobreviventes a testemunharem que não tinham sido devidamente informados dos riscos da visita.
O Whakaari entrou em erupção quando se encontrava em alerta 2 (numa escala de 5), que previa uma atividade vulcânica moderada, e quando 47 pessoas, na maioria turistas, se encontravam na ilha.
Com a decisão de hoje, a Whakaari Management junta-se a seis outras empresas – que anteriormente aceitaram a acusação – que podem ser multadas até 1,5 milhões de dólares neozelandeses (825 mil euros) em audiências previstas para fevereiro de 2024.
Anteriormente, os tribunais neozelandeses já tinham rejeitado as acusações contra outras seis organizações e contra os três irmãos Buttle, individualmente, enquanto diretores da Whakaari Management.
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