“Os associados do SNPVAC aprovaram hoje, por larga maioria, o acordo de emergência negociado pela direção do sindicato e a administração da SATA”, lê-se na nota, que detalha que “num universo de 213 associados, votaram 152 associados, com 135 votos a favor e 17 votos contra”.
O SNPVAC recorda que “com esta votação de hoje o sindicato encerra um importante capítulo na defesa dos interesses” dos seus associados”, que aprovaram todos os acordos de emergência negociados com as administrações da PGA, TAP e SATA.
O sindicato salientou que este compromisso passa pela “manutenção do maior número de postos de trabalho”, garantindo que esta foi sempre a principal prioridade “desde o primeiro dia” quando foi confrontado com os planos de reestruturação das três companhias.
“Podemos hoje afirmar, sem qualquer hesitação, que durante as negociações foi possível salvaguardar mais de 500 postos de trabalho na TAP”, salientou ainda o sindicato.
Em jeito de balanço no que se refere a estes processos de reestruturação, o SNPVAC realçou o envio de cerca de 30 comunicados internos aos associados, relatando o desenvolvimento das negociações e as suas tomadas de posições, a realização de sessões de esclarecimento e a resposta a perguntas, bem como a realização de “cerca de 40 reuniões com as administrações e direções das companhias para apresentação de soluções alternativas e/ou complementares aos processos de reestruturação”.
“A direção do SNPVAC compromete-se agora a fiscalizar e a fazer cumprir estes acordos por parte das respetivas administrações”, assegurou a estrutura.
No passado dia 26 de fevereiro, o SNPVAC aprovou o acordo de emergência na TAP, adiantaram vários tripulantes à Lusa e confirmou posteriormente a estrutura sindical.
Fonte oficial do SNPVAC confirmou que a votação recebeu 1.886 a favor, 377 contra e 17 em branco.
O SNPVAC anunciou, em 06 de fevereiro, um acordo coletivo de emergência com a TAP, após dez horas de reunião com a empresa, em que as partes acordaram reduzir os despedimentos para 166 tripulantes, face aos 746 inicialmente previstos, no âmbito do processo de reestruturação da companhia.
O acordo alcançado com os tripulantes prevê ainda cortes salariais de 25% em 2021, 2022 e 2023, ao passo que, em 2024, a redução é de 20%.
No entanto, os cortes na remuneração não afetam salários inferiores a 1.330 euros, exceto em 2021, em que o limite sem redução é de 1.200 euros, acrescidos de seis dias por mês de uma variável retributiva.
A redução do período normal de trabalho será transversal a todos os tripulantes: 15% em 2021, 10% em 2022 e 5% em 2023.
No dia 25 de fevereiro, os tripulantes aprovaram também um acordo na PGA.
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