“Esta é uma forma que a autarquia encontrou para regular a atividade” (uso de trotinetes no espaço público), disse hoje o presidente do município, Manuel Machado, durante a sessão de assinatura do protocolo com a empresa Lime, que chega assim à segunda cidade portuguesa (já opera em Lisboa) e já está presente em 15 cidades europeias, de acordo com o seu diretor, Nuno Inácio.
As vantagens deste meio de transporte, designadamente no plano ambiental, justificam que se estimule a sua utilização, sustentou Manuel Machado, sublinhando que, no entanto, se trata de “um desafio”, particularmente para os seus “utilizadores e para os moradores da cidade”, de quem depende, antes de mais, o “bom uso do espaço público”.
Os ganhos ambientais e energéticos são “um ponto a favor deste sistema, que permite, face à utilização do automóvel, uma redução de emissões de gases com efeito de estufa, de partículas, de ruído ambiente, de consumo de energia, de congestionamento de tráfego, melhoria da qualidade do ar e do ambiente urbano”, explicita a Câmara de Coimbra, numa nota distribuída durante a sessão.
“Ciente do desafio” e de “alguns riscos” que a introdução das trotinetes na vida da cidade comporta, o presidente da Câmara de Coimbra afirma-se “confiante”, mas pede a “todos, desde logo aos moradores” e aos utentes (que espera que sejam “os primeiros fiscais de si próprios), que cooperem para melhor integrar este meio de transporte na mobilidade da cidade.
Até à entrada em funcionamento do sistema de partilha de trotinetes elétricas em Coimbra, vão decorrer “campanhas de segurança e educação” para promover o seu uso responsável, desde “a utilização [recomendada] do capacete”, à condução segura e que respeite as regras de trânsito, até “ao estacionamento correto”, indicou o responsável da Lime acrescentou.
Funcionando entre as 05:00/07:00 e as 21:00, as 200 a 400 trotinetes em serviço no município de Coimbra, cuja utilização está interdita a menores de 18 anos, disporão de um total de 70 pontos de estacionamento, “sem obstruir zonas de circulação pedonal, acessos e estacionamentos”, que serão demarcados pela Câmara.
Atingindo a velocidade máxima de 25 quilómetros/hora, que será “bastante inferior” nalgumas ruas e espaços da cidade, essencialmente localizados na Baixa e na Alta histórica, limitados, pelo ‘software’ da operadora (através do sinal GPS), a deslocação em trotinete, interdita nos passeios pedonais, custa um euro (para a desbloquear) e 15 cêntimos por minuto de utilização.
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