"Muitos mortos, incluindo mulheres e crianças, num ataque QUÍMICO irracional na Síria. A área da atrocidade está em confinada e cercada pelo exército sírio, tornando-a completamente inacessível ao mundo exterior. O presidente Putin, a Rússia e o Irão são responsáveis pelo apoio do Animal Assad. Grande preço a pagar. Abram a área imediatamente para ajuda médica e verificação. Outro desastre humanitário sem motivo algum. DOENTE!"
As palavras são de Donald Trump, partilhadas através da sua conta de Twitter.
Trump acrescenta que "o desastre sírio deveria ter acabado há muito tempo" e que se Obama tivesse agido o "Animal Assad" seria história.
A aviação síria bombardeou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, a última bolsa de resistência rebelde perto de Damasco. De acordo com Washington, dezenas de civis morreram nas últimas 48 horas em ataques realizados com armas químicas.
Os capacetes brancos, socorristas em operações nas zonas rebeldes da Síria, acusaram hoje o regime sírio de ter recorrido a "gás tóxico" em Douma e forneceram, através das suas contas no Twitter, vários balanços contraditórios, falando em 40 e em 70 mortos.
A Síria e a Rússia, maior aliado do regime, negaram o uso de armas químicas no ataque a Douma.
“Nós negamos veementemente essa informação”, disse o general Yuri Yevtushenko, chefe do departamento russo que está em negociações sobre o conflito na Síria, citado por agências noticiosas russas.
O responsável acrescentou que, “assim que Douma for libertada”, a Rússia enviará para o local “especialistas em armas nucleares, químicas e biológicas para recolherem dados que confirmem que as acusações [dos Estados Unidos] são falsas”.
A agência oficial síria, SANA, negou qualquer responsabilidade das forças sírias e assegurou que "as denúncias do uso de substâncias químicas em Douma são uma tentativa clara de impedir o progresso do exército", que na sexta-feira iniciou uma ofensiva contra os rebeldes naquela zona.
Também segundo a agência SANA, as autoridades sírias anunciaram hoje que chegaram a um acordo com o grupo Exército do Islão para pacificar Douma.
A agência oficial Sana afirmou que o acordo implica a retirada completa dos “sequestrados” de Douma, em alusão aos civis, em troca da saída dos “terroristas” do Exército do Islão para Jarabulus, no norte da província de Alepo, na fronteira com a Turquia.
O acordo foi alcançado depois de dois dias de uma ofensiva em Duma por parte das forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad.
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