“O helicóptero Black Hawk estava a voar demasiado alto, de longe”, disse Trump numa mensagem publicada na sua rede social, segundo a agência espanhola Europa Press.

Trump disse que o helicóptero estava a uma altitude “bem acima do limite de 200 pés”, ou 60 metros, e afirmou estar convencido da sua teoria.

“Não é muito complicado de entender, não é?”, comentou.

As investigações de acidentes aéreos podem levar meses e os investigadores federais disseram aos jornalistas na quinta-feira que não iriam especular sobre a causa, noticiou a agência norte-americana AP.

O Black Hawk colidiu na quarta-feira com um avião de passageiros com mais de 60 pessoas a bordo, proveniente de Wichita, Kansas, sobre o rio Potomac, perto do aeroporto nacional Ronald Reagan de Washington.

A lista de vítimas inclui mais de uma dezena de patinadores artísticos que regressavam de uma prova.

A autoridade nacional de segurança de transportes anunciou que tem “o gravador de dados de voo e o gravador de voz do ‘cockpit’, vulgarmente conhecidos como ‘caixas negras'”, prontos para análise no seu laboratório, situado a menos de dois quilómetros do local do acidente.

Trata-se do desastre aéreo mais mortífero dos Estados Unidos em quase um quarto de século, segundo a AP.

Os comentários de Trump surgem um dia depois de ter questionado as ações do piloto do helicóptero militar, ao mesmo tempo que responsabilizou as iniciativas de diversidade por prejudicarem a segurança aérea.

A tripulação de três pessoas do exército no UH-60 Black Hawk estava a realizar uma missão de treino de continuidade do planeamento governamental no momento do acidente aéreo.

As aeronaves militares efetuam frequentemente voos de treino deste tipo na capital do país, Washington D.C., e imediações.

O objetivo é familiarizarem-se com as rotas que utilizariam no caso de uma catástrofe de grandes proporções ou de um ataque aos Estados Unidos que exigisse a deslocação de funcionários importantes da região da capital.

“É preciso treinar enquanto se luta, é preciso ensaiar de forma a refletir um cenário do mundo real”, disse hoje o secretário da Defesa, Pete Hegseth, ao participar no programa Fox and Friends.

Hegseth referiu que o Pentágono (sede da Defesa) continua a ter o dever de atenuar os riscos, ao mesmo tempo que efetua esse treino.

Mas as forças norte-americanas precisam de “garantir que, se infelizmente, houver um acontecimento no mundo real em que as coisas precisem de acontecer, possamos responder-lhe de dia ou de noite”, acrescentou.