Anthony Fauci, consultor científico da Casa Branca e director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecto-contagiosas, confirmou no domingo uma reportagem do The New York Times que dá conta de que a administração Trump foi aconselhada a tomar medidas de promoção do distanciamento social a meio de fevereiro, mas a decisão foi adiada quase um mês. "Podiam ter-se salvos vidas", assumiu Fauci.

Em declarações à CNN sobre esta reportagem, o consultor científico da Casa Branca disse que "é obvio é logicamente podemos dizer que se o processo estivesse em curso e a mitigação tivesse começado mais cedo, podiam ter-se salvo vidas".

"É obvio que ninguém vai negar isso, mas o que está implicado nessas decisões é complicado. Mas sim, obviamente, se tivéssemos fechado tudo desde o primeiro momento, podia ter sido um bocadinho diferente. Mas havia muita contestação face à ideia de fechar tudo logo naquela altura", acrescentou.

Questionado sobre porque é que Trump não recomendou o distanciamento social até meio de março — cerca de três semanas depois dos principais especialistas do país o terem recomendado — Fausci disse: "Nós [especialistas] fazemos recomendações. Muitas vezes essas recomendações são seguidas, às vezes não. É o que é. E agora estamos aqui".

Os Estados Unidos registaram 1.514 mortes nas últimas 24 horas, elevando para 22.020 o número total de mortos devido à covid-19, de acordo com um relatório divulgado hoje pela Universidade Johns Hopkins.

Este é o segundo dia consecutivo de descida do número de vítimas mortais da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), depois de a mesma universidade ter registado, na contagem que divulga diariamente, 1.920 mortes no sábado e 2.108 na sexta-feira.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia da covid-19, com mais de 555 mil casos confirmados, acrescentou a instituição do ensino superior de Baltimore, no estado de Maryland.

O SARS-CoV-2, detetado em dezembro na China, já causou mais de 112 mil mortos em todo o mundo e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 932 mil infetados e 77 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 19.899 óbitos e mais de 156 mil casos confirmados.

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