Na ação, apresentada na semana passada, mas que se tornou pública nesta segunda-feira, Trump acusa o procurador-geral Merrick Garland e o diretor do FBI, Christopher Wray, de tentar "difamá-lo".

"Garland e Wray nunca deveriam ter autorizado a invasão e a subsequente acusação contra o presidente Trump, pois o protocolo estabelecido é não usar meios coercivos contra ex-presidentes para obter documentos dos Estados Unidos", continua.

Trump foi acusado de 31 crimes por "retenção intencional de informações de defesa nacional" ao recusar-se a devolver documentos secretos que tinha levado da Casa Branca no final do seu mandato.

Um juiz federal anulou o caso em julho, considerando que a nomeação do procurador especial Jack Smith como chefe da investigação foi ilegal.

Em 8 de agosto de 2022, agentes do FBI invadiram a residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, para recuperar documentos classificados. Entre esses documentos, havia arquivos do Pentágono e da agência de inteligência, a CIA, que, segundo a investigação, estavam a ser armazenados em condições inseguras.

"Garland e Wray decidiram desrespeitar o protocolo estabelecido para prejudicar o presidente Trump", afirma a ação, segundo a qual houve "uma clara intenção de empreender uma perseguição política".

Trump, que procura voltar à Casa Branca nas eleições de 5 de novembro, solicita na ação uma indemnização de 100 milhões de dólares por danos e 15 milhões de dólares por despesas legais.