“O Presidente diz muitas vezes, em público e em privado, que será Presidente durante mais sete anos e meio, pelo que planeia ser um Presidente de dois mandatos”, declarou Conway a George Stephanopoulos, ‘pivot’ do programa “This Week”, na estação televisiva ABC.
A assessora de Trump, que desempenhou um importante papel na campanha que levou o candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, respondeu assim a uma notícia publicada pelo jornal The New York Times na sua edição de sábado.
Segundo o diário, destacados membros do Partido Republicano iniciaram uma “campanha na sombra”, à margem de Trump, para as presidenciais de 2020.
Embora o Presidente não tenha indicado que não se recandidatará, mais de 75 membros do partido consultados pelo jornal nova-iorquino não veem com bons olhos que o multimilionário concorra às eleições de 2020, dada a instabilidade da sua Presidência, por causa da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre as possíveis ligações à Rússia da sua campanha presidencial em 2016.
O Times também indica que alguns colaboradores do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, falaram em privado sobre uma possível candidatura presidencial deste.
Contudo, o próprio Pence classificou hoje em comunicado essa notícia como “vergonhosa e ofensiva” e “categoricamente falsa”, frisando ao mesmo tempo que está concentrado em “impulsionar a agenda do Presidente e vê-lo ser reeleito em 2020″.
Na mesma linha, Kellyanne Conway negou hoje as informações veiculadas pelo New York Times, que apelidou de “ficção total”.
“É absolutamente verdade que o vice-presidente se está a preparar para 2020, para a reeleição como vice-presidente”, disse a assessora, sublinhando que Pence é “muito leal” e “incrivelmente eficiente” no desempenho do seu cargo.
Desde que Trump chegou à Casa Branca, em janeiro deste ano, as dúvidas sobre a duração da sua Presidência surgem constantemente, devido às frequentes polémicas que têm manchado o seu mandato e à investigação da trama russa, que irrita sobremaneira o chefe de Estado.
Esta semana foi divulgada a notícia de que a investigação sobre a Rússia adquiriu dimensão suficiente para merecer a formação de um grande júri, uma revelação que imprimiu um novo fôlego às especulações sobre a investigação de Mueller.
A formação de um grande júri, que permite requerer documentos e ouvir testemunhas sob juramento, é um sinal de que a investigação sobre o caso da alegada ingerência russa tem mais peso do que Trump gostaria, embora este continue a classificá-la como “uma farsa”.
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