Donald Trump dirigiu-se esta segunda-feira à tarde, 22 de maio, ao Muro das Lamentações, tornando-se no primeiro presidente norte-americano em funções a visitar este local sagrado do judaísmo.
Em 2008, Barack Obama havia estado no Muro das Lamentações, ainda como candidato à presidência dos EUA. Em 2013, aquando da sua primeira visita oficial a Israel e à Palestina enquanto presidente, Obama não incluiu o local na agenda, em parte devido à atitude de jornalistas israelitas que publicaram num jornal o 'pedido' que deixou no Muro. Bill Clinton visitou o local depois de deixar a Casa Branca e George H. W. Bush quando ainda era vice-presidente.
Os chefes de Estado norte-americanos e europeus têm até agora evitado este itinerário na zona oriental de Jerusalém, ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967, anexada em 1980, com a condenação das Nações Unidas, e que os palestinianos reivindicam como a sua futura capital.
O Presidente norte-americano, a sua mulher, Melania, e a filha e genro, Ivanka e Jared Kushner, chegaram à basílica do Santo Sepulcro, o local mais sagrado do Cristianismo, escoltados por religiosos, e depois deslocaram-se ao Muro, onde Trump, que utilizava um solidéu judaico, colocou a mão e deixou, segundo a tradição, um pedaço de papel nas fendas das pedras. Esteve junto ao Muro sem ser acompanhado por qualquer líder israelita.
Melania Trump e a filha do Presidente norte-americano rezaram no local do muro destinado às mulheres.
A praça que se abre ao Muro das Lamentações foi protegida com um grande painel e o acesso à mesma foi proibido horas antes da chegada da comitiva norte-americana.
O Muro das Lamentações situa-se na área ocidental de Jerusalém e é o último vestígio do segundo templo judaico. Este é o segundo local mais sagrado do judaísmo e tem associada uma tradição com vários séculos: os judeus - ou qualquer visitante que queira cumprir a tradição - colocam um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro. Tradicionalmente, pede-se o regresso de Deus a Israel, o regresso dos judeus exilados, a reconstrução do templo e a chegada do Messias.
Trump chegou esta manhã a Israel antes de seguir para Bruxelas, para o Vaticano e para a Sicília. À chegada ao Aeroporto de Telavive, o presidente norte- americano salientou que esta é uma rara oportunidade de "trazer segurança, estabilidade e paz" à região.
Comentários