“A Ucrânia vai ter de fazer isso porque não podemos deixar o mundo morrer de fome”, defendeu Budanov.
A Rússia anunciou em 17 de julho a retirada do acordo de cereais, no qual Moscovo acordou com a ONU e com a Turquia a criação de um corredor através do Mar Negro para três portos ucranianos, para exportação de cereais da Ucrânia.
A Rússia suspendeu o acordo após meses de críticas ao texto acordado, argumentando que os seus envios de produtos agrícolas e de fertilizantes estavam bloqueados pelas sanções ocidentais, impostas na sequência da invasão do território ucraniano em fevereiro de 2022.
A saída da Rússia do acordo um ano depois da sua assinatura bloqueou mais uma vez a navegação pelo Mar Negro, desestabilizando o mercado internacional de produtos agrícolas, do qual a Ucrânia é um dos principais produtores.
Pouco depois de se retirar do acordo, Moscovo anunciou que consideraria qualquer navio comercial que navegasse por aquele mar para portos ucranianos como suspeito de transportar equipamento militar.
A Ucrânia retribuiu a ameaça, declarando todos os navios que navegam pelo Mar Negro para portos controlados pela Rússia como possíveis alvos militares.
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