Em comunicado, o executivo comunitário indica que estes fundos, hoje anunciados pelo comissário responsável pela Gestão de Crises, Janez Lenarcic, durante uma visita a Madagáscar, irão ajudar a combater a insegurança alimentar e a subnutrição, melhorar o acesso a serviços básicos, reforçar a preparação para catástrofes e promover a educação em situações de emergência em toda a região”.

Do montante total de 50 milhões de euros, metade destina-se a Moçambique, 13,3 milhões são atribuídos a Madagáscar, 7,4 milhões ao Zimbabué e 4,3 milhões ao Lesoto, Maláui e a projetos regionais, precisa Bruxelas.

A Comissão sublinha que “a região da África Austral e do Oceano Índico é propensa a desastres induzidos por perigos naturais – exacerbados pelos impactos das alterações climáticas, degradação ambiental e má gestão dos recursos naturais – e perigos induzidos pelo homem causados por conflitos armados e violência”.

Apontando que “ocorrem frequentemente tempestades tropicais e ciclones, inundações, secas e epidemias, tornando a região altamente vulnerável a estes riscos”, a Comissão recorda que “a época dos ciclones de 2021/2022 resultou numa forte destruição na região, incluindo em Madagáscar e Moçambique”, tendo os dois países sido novamente afetados no início da época de ciclones do corrente ano.

No entanto, e no caso de Moçambique, Bruxelas realça também que “a situação de segurança na província norte de Cabo Delgado permanece altamente instável”, tendo “mais de um milhão de pessoas sido forçadas a fugir das suas casas”.

“No Zimbabué, prevê-se que a insegurança alimentar se agrave, inclusive devido a uma diminuição da produção agrícola, mas também devido à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que tem tido um impacto nas economias de toda a região”, assinala-se no comunicado.