Roberto Benigni, que venceu o Oscar de melhor ator e de filme em língua estrangeiro em 1999 por "A Vida é Bela", deu um toque de alegria ao final de uma cerimónia essencialmente religiosa. Começou por saudar "todas as pessoas importantes" e fingiu que se tinha esquecido do papa.
Após os risos do público, o ator imediatamente voltou-se para o pontífice e disse: "Gostaria de abraçá-lo ou dançar um tango, já que você é argentino".
"Antes de entrar, dois guardas suíços se aproximaram de mim e disseram: senhor Benigni, você pode fazer qualquer coisa, só não pode fazer uma coisa: você não pode tocar no papa. Um beijo, posso dar um beijo, para que servem os beijos se não podem ser dados?", acrescentou o ator, antes de se aproximar do pontífice e beijá-lo nas duas bochechas.
Benigni prosseguiu com o mesmo tom durante meia hora, alternando humor e conselhos às crianças, propondo que o pontífice fosse o seu companheiro numa candidatura à próxima eleição papal, ou pedindo aos mais pequenos que alimentem seus sonhos, porque entre eles pode estar o primeiro papa africano ou asiático, ou a primeira mulher papa.
Francisco já havia encerrado a primeira Jornada Mundial das Crianças com uma missa tradicional na Praça de São Pedro, na presença de dezenas de milhares de fiéis, crianças e pais. O papa argentino, de 87 anos, começou a missa, que também contou com a presença da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com pedidos para que as crianças "rezem pela paz" e substituindo, no último momento, uma longa homilia por uma breve aula de catecismo.
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