Em nota enviada à Lusa, a UMinho refere que vai acionar “de imediato” os seus mecanismos internos, para averiguar os contornos da iniciativa e os seus responsáveis, e que procederá de acordo com o previsto nos regulamentos disciplinares.
“Os tempos de distanciamento físico não podem significar que os estudantes se distanciem dos valores, princípios e missão da Universidade do Minho”, defende a instituição.
Em causa está um vídeo da “comissão de praxe” da Licenciatura de Biologia e Geologia, em que os intervenientes surgem com a cara e o corpo pintados de preto e a cantar “somos conhecidos por canibais”.
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) também já lamentou a iniciativa, afirmando o seu “completo repúdio por todos e quaisquer comportamentos discriminatórios, que atentem contra os valores do respeito, igualdade e dignidade humana”.
“A universidade, enquanto instituição promotora de conhecimento, deve ser um espaço de valores humanistas, onde fenómenos e demonstrações deste tipo não podem, nem devem, em qualquer contexto, ter lugar”, refere a AAUM, em comunicado.
Acrescenta que estas manifestações “vêm realçar a necessidade do debate sobre este tema e a importância da não banalização de quaisquer atitudes discriminatórias”.
“Diz não ao racismo. Diz não à banalização de qualquer tipo de discriminação. Contacta-nos se foste vítima ou testemunha de qualquer tipo de fenómeno deste tipo. Juntos vamos construir um futuro e uma academia mais humana e inclusiva”, apela a associação.
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