Isabel Brilhante Pedrosa foi declarada "persona non grata" pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Na quarta-feira, Caracas decidiu expulsar a embaixadora em retaliação a uma série de sanções decretadas pela União Europeia contra 19 funcionários do Governo venezuelano.
À diplomata portuguesa foram dadas, inicialmente, 72 horas para deixar a Venezuela.
Uma fonte diplomática europeia citada pela agência noticiosa francesa AFP disse hoje que o atraso da saída de Isabel Brilhante Pedrosa da Venezuela se deve a "razões puramente logísticas", relacionadas com a "disponibilidade de voos".
No ano passado, a embaixadora recebeu igualmente ordem de expulsão, que acabou por ser revertida.
Ao contrário da primeira ordem de expulsão contra a diplomata, declarada no final de junho de 2020 por Nicolás Maduro, desta vez foi o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, quem comunicou a Isabel Brilhante Pedrosa que teria 72 horas para abandonar a Venezuela.
A decisão já era esperada, uma vez que na terça-feira o parlamento instou o executivo de Maduro a expulsar a embaixadora em resposta às últimas sanções do bloco comunitário.
Na segunda-feira, a União Europeia aprovou novas sanções contra a Venezuela, acrescentando 19 pessoas à sua lista por não reconhecer as eleições de 06 de dezembro, que considera que não cumpriram os padrões democráticos necessários.
Em resposta à ordem de expulsão de Isabel Brilhante Pedrosa, Bruxelas declarou na quinta-feira a chefe da missão da Venezuela junto da União Europeia, Claudia Salerno, "persona non grata".
A decisão não implica, porém, a sua expulsão do território comunitário, uma vez que Claudia Salerno também é embaixadora da Venezuela na Bélgica e no Luxemburgo.
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