"Denuncio outra vez a conspiração que preparam desde a Casa Branca, para violentar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um Governo ditatorial na Venezuela", disse.
Nicolás Maduro falava numa conferência de imprensa, no palácio presidencial de Miraflores, durante a qual denunciou que John Bolton "foi designado como chefe da conspiração contra a Venezuela, para procurar uma intervenção estrangeira e impor um conselho de governo transitório".
"O Governo da Colômbia, de Iván Duque é cúmplice do plano de John Bolton para trazer violência ao nosso país”, frisou.
Segundo Maduro, para avançar o "plano terrorista" do assessor de segurança de Donald Trump estão a ser treinados "mercenários na base aérea de Eglin (nos EUA), no município de Tona (Colômbia) e no forte militar de Tolemaida (também na Colômbia)".
Na Colômbia, disse, “está a treinar 734 mercenários, entre colombianos e venezuelanos, para fazer, em qualquer momento, ações chamadas de ‘falsos positivos' (...) procuram simular um ataque das forças venezuelanas, fazer ataques a unidades militares na fronteira e provocar uma escalada de violência".
O mandatário venezuelano acusou ainda os Estados Unidos de treinarem grupos especiais para uma intervenção cirúrgica na Venezuela, que passa por neutralizar as bases aéreas Libertador (Caracas) e Palo Negro (Maracay, 100 quilómetros a oeste da capital) e também as bases navais de Puerto Cabello e de Barcelona, 210 quilómetros a oeste e 315 quilómetros a leste da capital, respetivamente.
Por outro lado, denunciou tentativas de subornos dos oficiais das Forças Armadas Venezuelanas para se unirem à conspiração.
Nicolás Maduro sublinhou ainda que "o Governo da Colômbia não quer comunicação com o Governo da Venezuela porque está a preparar uma guerra.
“Mas essa guerra vai bater-lhes no focinho, senhor (Iván) Duque", afirmou.
Segundo Nicolás Maduro, como parte da conspiração, o assessor de segurança dos EUA, John Bolton encomendou também ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonoro, "provocações militares" na fronteira colombo-venezuelana e por isso o vice-presidente eleito do Brasil, Hamilton Mourão, faz constantes declarações contra a Venezuela.
No entanto, disse ter informação de um alto oficial brasileiro de que no vizinho país "ninguém quer que Jair Balsonaro se envolva numa intervenção militar na Venezuela".
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