Em julho, o município anunciou o encerramento do aeródromo municipal “por tempo indeterminado” à operação de aviões, depois de ter sido detetado “um perigo de abatimento na pista”.
“O concurso público já foi aprovado e será lançado já hoje ou amanhã para que a pista seja composta (...). Temos a expectativa que dentro de quatro a cinco meses o aeródromo esteja a funcionar com normalidade”, afirmou o presidente da autarquia, Rui Santos.
Em reunião do executivo municipal foi aprovada a abertura do procedimento para a empreitada de reparação “desta importante” infraestrutura, que terá um prazo previsto de execução de 60 dias e um preço base estimado de 350 mil euros.
Rui Santos disse que este “é um investimento da câmara municipal”.
Em consequência do encerramento da pista aos aviões, Vila Real deixou de ser paragem na carreira aérea que liga Bragança a Portimão (Faro), com passagem ainda em Viseu e Cascais (Lisboa), e os dois aviões médios anfíbios que ali estavam aparcados, no período crítico de incêndios, foram reposicionados. Os helicópteros continuam a poder aterrar naquela infraestrutura.
A autarquia explicou, em comunicado, que, após “o estudo e a caracterização das deformações existentes, foi possível concluir que a principal causa do abatimento da pista está relacionada com a presença de água nas camadas abaixo do pavimento e eventualmente o atravessamento da mesma sob a pista”.
Assim, acrescentou, “a proposta de resolução visa essencialmente a drenagem dos materiais que constituem a base e sub-base da pista e impedir que eventuais águas a atravessem”.
A câmara frisou que “enseja pela sua rápida reabertura, com todas as condições de segurança salvaguardadas”.
O município considerou que o aeródromo municipal de Vila Real “é uma infraestrutura fundamental que serve, nomeadamente, a região do Douro” e que a "sua localização, a cerca de quatro quilómetros da cidade, tem levado ao crescimento da procura por este meio de transporte, nomeadamente para o ramo dos negócios, lazer e turismo".
Junto ao aeródromo ficará também localizado o Centro de Proteção Civil Regional, cujo concurso será lançado brevemente e representa um investimento na ordem dos dois milhões de euros, com financiamento de fundos comunitários.
Rui Santos disse ainda ter a expectativa que o Comando Regional do Norte da Proteção Civil fique localizado neste espaço.
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