Numa nota enviada à agência Lusa, a autarquia explica que os 27 desalojados estão a ser acompanhados pelos serviços municipais numa zona temporária de acolhimento.

Desses 27 desalojados, 17 são os residentes na zona do Muxito, entre a Cruz de Pau e a baixa de Corroios, cujas casas sofreram inundações e que foram acolhidos temporariamente no Clube Recreativo da Cruz de Pau.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Seixal (CMS), Paulo Silva, explicou que os outros 10 desalojados são duas famílias do bairro de Santa Marta de Corroios.

Paulo Silva adiantou que a autarquia contactou a Segurança Social, que disse não ter resposta para alojar as 27 famílias, pelo que os serviços camarários estão a contactar instituições para encontrar uma solução temporária até que as pessoas possam regressar às suas casas.

O autarca lembrou que a autarquia enviou há dois meses uma proposta ao Governo de cedência de imóveis devolutos do Estado para serem recuperados pela autarquia e usados em situação de emergência habitacional.

Contudo, adiantou, até ao momento a autarquia não recebeu qualquer resposta.

Entretanto, as famílias desalojadas estão a ser acompanhadas pelos serviços camarários no acolhimento temporário disponibilizado pelo Clube Recreativo da Cruz de Pau, providenciando também a alimentação.

Segundo a Câmara Municipal do Seixal, o município, “através do Serviço Municipal de Proteção Civil, em articulação com os outros serviços municipais e na sequência das condições meteorológicas adversas com a ocorrência de precipitação forte e vento intenso, tem dado resposta imediata a inundações em meio urbano e outros, bem como atenção particular à salvaguarda habitacional, circulação e ao bem-estar da nossa população”.

A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.

No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco “muito significativo” de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.

Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.