Em declarações aos jornalistas, o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, reagiu aos atos de violência que ocorreram na última noite em vários concelhos de Lisboa, incluindo no município que preside, referindo que o número de polícias nos locais dos desacatos "é suficiente".
"O problema não está na dimensão de efetivo policial. O problema é que o protocolo de atuação da PSP é muito rígido e, portanto, a polícia é muito escrutinada", disse o autarca de Oeiras.
Isaltino Morais, que esteve esta manhã, e também durante a noite, no Bairro da Portela, em Carnaxide, afirma que, no seu entendimento, a permanência dos agentes no local durante o dia poderia ser vista como "uma provocação".
"Não era preciso estar aqui a polícia agora", garantiu.
O presidente do município disse aos jornalistas que voltou ao Bairro da Portela "para verificar os prejuízos causados em património público" e aproveitou para visitar outros bairros do concelho "para transmitir aquilo que é fundamental: tranquilidade".
O autarca reforçou ainda a ideia de que os bairros do município são pacatos, mas "que os grupos de marginais, que é do que se trata, causaram perturbações aqui na zona e noutros bairros e, inclusive, na própria cidade de Lisboa".
"É fundamental que seja transmitido à população em geral que, na realidade, tem de haver tranquilidade. As pessoas têm de ter a segurança de que são protegidas", acrescentou.
Refira-se que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, confirmou hoje que três pessoas foram detidas e que se realizou uma reunião de urgência do Sistema de Segurança Interna por causa dos distúrbios na Grande Lisboa, na sequência da morte de um cidadão baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora.
*Com Lusa
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