William, duque de Cambridge e o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, descreveu o príncipe Filipe como “um homem extraordinário” que fazia parte de uma “geração extraordinária”, afirmando sentir a falta do avô.
Na declaração divulgada através da rede social Twitter, o príncipe William assume o compromisso de prosseguir com o trabalho na coroa britânica, frisando que esse seria o desejo do duque de Edimburgo.
“Catherine [Kate Middleton] e eu continuaremos a fazer o que ele teria desejado e iremos apoiar a Rainha nos próximos anos”, acrescentou William, que também publicou uma fotografia onde o avô surge ao lado do príncipe George, o filho mais velho dos duques de Cambridge e terceiro na linha de sucessão.
Em outro comunicado, o seu irmão, o príncipe Harry, recordou o avô como “um homem de dever, honra e com um forte sentido de humor”.
Na nota emitida, o duque de Sussex, que atualmente vive na Califórnia (Estados Unidos) e que regressou no domingo ao Reino Unido para marcar presença nas cerimónias fúnebres que vão ocorrer no próximo sábado, frisou que o avô, o consorte mais antigo da Grã-Bretanha, era “uma rocha para Sua Majestade a Rainha de uma devoção inigualável”.
“Mas para mim, como para muitos de vós que perderam um ente querido ou um avô ao longo deste doloroso período, ele era o meu avô: mestre do churrasco, lenda da brincadeira e atrevido até ao fim”, declarou Harry, que regressa ao Reino Unido pela primeira vez desde que anunciou que ele e a mulher, Meghan Markle, deixariam de assumir funções oficiais como membros da família real britânica e desde a divulgação da mediática entrevista à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey.
O duque de Edimburgo, príncipe consorte da Rainha Isabel II, morreu na sexta-feira aos 99 anos.
Conhecido pelo seu sentido de humor particular, Filipe de Mountbatten, nascido com o título de príncipe da Grécia e da Dinamarca, é o consorte mais antigo da história da monarquia britânica e ia completar 100 anos em 10 de junho.
No Reino Unido, as homenagens foram realizadas desde a morte do príncipe, com tiros de canhão em todo o país no sábado e minutos de silêncio nos estádios.
Centenas de flores acumulam-se do lado de fora dos portões do Castelo de Windsor e do Palácio de Buckingham, em Londres, apesar dos apelos para que o público não se reúna devido à pandemia de covid-19.
No próximo sábado, os irmãos William e Harry, filhos do príncipe Carlos e da princesa Diana, seguirão o caixão do avô a pé, até à capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, onde se realizará a cerimónia de despedida.
A cerimónia, de caráter privado, será transmitida pela televisão e em todo o Reino Unido será guardado um minuto de silêncio, no início do funeral, que terá honras reais e não de Estado, cumprindo um pedido em vida do príncipe Filipe.
As cerimónias vão respeitar as diretrizes do governo britânico no âmbito das regras de combate à pandemia da doença covid-19, que restringe a 30 o número de pessoas autorizadas a estar presentes em funerais.
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