"Agora, as crianças do Kosovo vêem-me como uma heroína. É bom que possam dizer: 'quando crescer, quero ser igual a ela'. Sinto-me abençoada. Só quero dizer à nova geração do Kosovo que podem ser o que quiserem. Até o presidente dos Estados Unidos, se for o que querem", brincou a jovem atleta de 25 anos.
"Esta medalha significa muito, não apenas para o desporto do Kosovo, mas por todo o Kosovo, como país. Sobrevivemos a uma guerra, existem crianças que ainda não sabem se os pais estão vivos, que não têm nada para comer ou não têm livros para ir para a escola", lembrou.
Majlinda já tinha obtido a primeira grande consagração da sua carreira no Rio, quando se sagrou campeã mundial, em 2013, no Maracanãzinho, antes de repetir a dose em 2014, em Chelyabinsk, na Rússia. "Não acho que haja alguém no mundo que fale albanês que não conheça o meu nome. Não acho que me vá tornar mais popular com esta medalha, mas talvez as pessoas me respeitem mais agora, porque é a nossa primeira medalha olímpica", ressaltou.
Quando questionada sobre quando pretende encerrar sua carreira,Majlinda deixou claro que não pretende pendurar o quimono tão cedo. "Sou jovem, só tenho 25 anos, acho que ainda tenho uns 10 anos de judo pela frente. Eu realmente amo o judo, não faço isto pelo dinheiro ou para ficar famosa. Eu vivo pelo judo. Quando treino duro, me sinto tão bem!", completou.
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