“A agressão tripartida contra a Síria foi acompanhada por uma campanha de falácias e mentiras no Conselho de Segurança [da ONU] por parte dos mesmos países agressores contra a Síria e a Rússia”, afirmou hoje Bashar Al-Assad, numa reunião com uma delegação parlamentar russa, em Damasco.
Para Assad, a atual situação prova que a Síria e a Rússia “estão a lutar contra o terrorismo e a proteger a lei internacional baseada no respeito à soberania dos Estados soberanos e à vontade dos seus povos”.
“A agressão tripartida contra a Síria é uma violação clara das convenções internacionais que surge num momento em que os sírios estão a tentar restaurar a estabilidade e continuar o processo de reconstrução do que foi destruído pelo terrorismo”, afirmaram, por seu turno, os parlamentares russos, citados pela agência de noticias oficial síria, Sana.
A delegação russa era composta por deputados do Rússia Unida, o partido que apoia o presidente Vladimir Putin.
Os Estados Unidos, França e Reino Unido atacaram na madrugada de sábado alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad, ocorrido uma semana antes e que terá provocado 40 mortos e atingido outras 500 pessoas.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.
Hoje, o presidente russo alertou para a possibilidade de novos ataques à Síria por parte dos países europeus poderem provocar “o caos” nas relações internacionais.
“Se tais ações, que são uma violação da Carta das Nações Unidas, voltam a acontecer, tal provocará inevitavelmente o caos nas relações internacionais”, afirmou Putin em conversa com o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin.
Entretanto, as forças do Governo sírio atacaram o norte da província central de Homs e sul da vizinha Hama, depois de proclamarem vitória na região de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, revelou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo aquela fonte, citada pela agência de notícias espanhola EFE, a operação aconteceu próximo da estrada que liga a cidade de Homs, capital da província homónima, com a povoação de Al Salamiya, em Hama, com o objetivo de garantir a segurança rodoviária entre aquelas duas zonas.
Os confrontos entre tropas do Governo e fações rebeldes estão concentrados em áreas como Al Hamirat, Selim, Al Amariya e Quibe al Kurdi.
Comentários