"Voltar a casa é sempre um passo em frente na carreira. A nível pessoal, as coisas não corriam bem no Sivasspor e queria jogar. Estar mais perto da família e num clube que é a minha casa motivou-me emocionalmente", assumiu o dianteiro, em conferência de imprensa, uma semana após ter rescindindo com os líderes do campeonato turco.
Hugo Vieira, de 31 anos, tinha abandonado o futebol português em 2014, depois de 32 golos em 102 encontros pelo Gil Vicente, entre 2009 e 2012 e nas épocas 2012/13 e 2013/14, que o tornaram "muito especial e acarinhado" pelas gentes de Barcelos.
Desde então, o avançado experimentou várias ligas estrangeiras, com os russos do Torpedo, os sérvios do Estrela Vermelha, os japoneses do Yokohama Marinos e os turcos do Sivasspor, num currículo que, anteriormente, tinha somado passagens pela equipa B dos franceses do Bordéus e pelos espanhóis do Sporting Gijón.
"Perdi velocidade, ganhei inteligência e experiência. Sou um jogador diferente, mas sabem aquilo que posso dar. Quero ajudar de qualquer forma e os golos, as assistências e as vitórias vão surgir naturalmente", observou.
Natural de Barcelos, onde se sagrou campeão da II Liga em 2010/11, Hugo Vieira pertenceu aos quadros de Estoril Praia, Benfica e Sporting de Braga, mas nunca se estreou pelas ‘águias', que acabaram por cedê-lo ao Gil Vicente, tal como os ‘arsenalistas'.
"Temos uma equipa com qualidade acima da média e ninguém diria que o clube iria fazer o campeonato que está a fazer. Estamos bem, mas temos um caminho muito longo para percorrer, pelo que iremos encarar cada jogo com os pezinhos no chão", frisou.
O diretor desportivo Tiago Lenho valorizou a contratação de uma "cara conhecida", que manifestou "enorme vontade" em ultrapassar uma "temporada difícil", marcada pelo regresso administrativo dos minhotos à I Liga, na sequência do ‘caso Mateus'.
Hugo Vieira é um dos três reforços confirmados pelos gilistas na reabertura de mercado, depois do médio Vitor Carvalho, cedido pelos brasileiros do Coritiba, e do extremo Rúben Ribeiro, que também regressou ao Minho após meio ano sem atividade, e uma curta passagem pelo Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
Após 18 jornadas, o Gil Vicente segue no nono lugar da I Liga, com os mesmos 22 pontos do Boavista (10.º), oito acima da zona de despromoção.
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