Os ‘encarnados’ divulgaram hoje um comunicado com sete pontos, que refletem medidas tomadas pelo clube depois da derrota no domingo na final da Taça de Portugal frente ao Sporting, por 3-1, após prolongamento.

Segundo o documento, o clube liderado por Rui Costa defende que tem mantido uma “postura de grande seriedade” e que pautou a sua atuação por uma intervenção “construtiva e positiva junto das instituições”, ao invés de recorrer à “praça pública”.

O Benfica refere que o futebol nacional teria a ganhar se o clube assumisse esse papel de “grande responsabilidade”, mas revela que o “caminho da valorização” não foi respeitado pelas “entidade que tutelam” a modalidade.

O clube salienta que existiram “graves acontecimentos” nas últimas jornadas da I Liga, que o Sporting venceu, conquistando o bicampeonato, e na final da Taça de Portugal, alegando que “desvirtuaram por completo a verdade desportiva, com prejuízo relativo à entrada direta” dos ‘encarnados’ na Liga dos Campeões.

Assim, o Benfica decidiu participar disciplinarmente da equipa de arbitragem que esteve no Estádio Nacional, liderada por Luís Godinho, incluindo a equipa de video-árbitros, bem como dos futebolistas do Sporting Matheus Reis e Maxi Araújo “pelas múltiplas agressões ao jogador Andrea Belotti.”

O clube exigiu ainda a divulgação imediata dos áudios da equipa de arbitragem na final da Taça de Portugal e avançou que vai fazer uma exposição junto da FIFA, UEFA e International Board (IFAB) sobre o que considera ser uma “ilícita aplicação do protocolo VAR em Portugal”.

O clube ‘encarnado’ diz que vai suspender a sua participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização, que prepara todo o processo associado à centralização dos direitos audiovisuais das competições profissionais de futebol.

“Solicitar ao Governo uma audiência com caráter de urgência, informando-o de que, neste momento, não estão reunidas as condições para avançar com este processo”, refere o comunicado.

No último ponto do documento, o Benfica frisa ainda que está “indisponível para receber jogos da seleção” portuguesa no Estádio da Luz “enquanto a verdade desportiva não prevalecer nas competições nacionais”, para além de exigir uma posição pública ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.

“O Sport Lisboa e Benfica exige que a próxima temporada seja decidida em campo, de forma transparente, o que não sucedeu na época desportiva que agora finda. Nós assumimos sempre as nossas responsabilidades. Exigimos que quem tutela e rege o futebol português também assuma as suas”, concluiu o documento.

Logo após o final da partida frente ao Sporting, o presidente Rui Costa e o treinador Bruno Lage criticaram a atuação da equipa de arbitragem liderada por Luís Godinho.

O bicampeão nacional em título Sporting conquistou no domingo a Taça de Portugal em futebol pela 18.ª vez, ao vencer o Benfica por 3-1, após prolongamento, na final da 85.ª edição da prova, no Estádio Nacional, em Oeiras.

O dinamarquês Conrad Harder, aos 99 minutos, e Francisco Trincão, aos 120+1, deram o triunfo aos ‘leões’, depois de o sueco Viktor Gyökeres, de penálti, forçar o tempo extra, já aos 90+11, igualando o tento inicial do turco Orkun Kökçü, aos 47.