
"Neste dia em que o sistema político mudou para sempre, e em que o Chega se assume como o partido líder da oposição, eu queria também transmitir a Portugal o enorme sentido de responsabilidade com que encaro esta missão, e o enorme sentido de responsabilidade com que este partido encarará esta missão", afirmou.
O líder do Chega discursava num hotel em Lisboa, numa sala cheia de dirigentes e apoiantes, depois de conhecido o resultado da votação dos emigrantes. O Chega foi partido mais votados nos círculos da Europa e Fora da Europa e elegeu dois dos quatro deputados possíveis.
Terminada a contagem dos votos das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, o partido de André Ventura subiu em número de votos e percentagem e elegeu 60 deputados. O Chega torna-se no segundo partido mais representado na Assembleia da República, mas é o terceiro em número de votos.
Neste discurso de cerca de 20 minutos, o presidente do Chega indicou que o partido não será "líder da destruição".
"Não seremos os líderes do bota-abaixo pelo bota-abaixo, não seremos os líderes da crítica fácil. Seremos o partido que, a partir de hoje, começará a construir uma alternativa para este governo", afirmou, considerando que "todos os sinais estão dados, dentro e fora do país, de que é preciso um outro governo, de que é preciso um outro país e que a hora da mudança está a chegar aqui a Portugal".
Ventura disse também que o Chega será "o partido da ordem, da estabilidade, mas também o partido do escrutínio e do confronto".
"Aqueles que esperavam que o partido, com estes resultados, se aburguesasse ou se acomodasse, estão enganados", indicou, mas referiu que "quando for preciso responsabilidade, quando for preciso ordem e quando for preciso estabilidade, nós estaremos lá para dar a Portugal".
O líder do Chega defendeu que "os portugueses querem estabilidade, não querem andar de eleições a cada três, seis ou 12 meses", mas também "querem uma mudança na sua vida", pois "estão fartos".
O presidente do Chega disse também estar “empenhado em dar ao país anos de estabilidade e de ordem”.
André Ventura afirmou que o Chega fez história hoje, salientando que “um partido com seis anos rompeu com 50 anos de bipartidarismo em Portugal”.
“Essa é talvez a maior mudança de regime que podíamos ter hoje. Mas é uma mudança de regime tranquila e saudável, é a mudança de regime de um povo que está cansado de 50 anos do mesmo, de 50 anos de conluio de interesses e de estagnação”, considerou, dizendo que agora vai “trabalhar em prol de Portugal”.
No seu discurso, Ventura aproveitou e traçou já o objetivo para as próximas eleições.
“Alguns perguntam-se, será possível um partido com esta natureza manter a sua assertividade, a sua força, a sua firmeza e ao mesmo tempo ser o principal partido da oposição? Pois, eu quero vos dizer a todos, não só será possível fazer isso, como estes 60 deputados vão fazer isso, e nós vamos vencer as próximas eleições legislativas em Portugal”, disse, indicando que não vai alinhar no "politicamente correto".
O presidente do Chega indicou ainda que se está "nas tintas para os lugares" que são habitualmente indicados pelos maiores partidos e indicou que o seu propósito é "mudar a vida dos portugueses" e "mudar a alma deste país".
Pedindo aos portugueses que "não tenham medo", Ventura indicou que o Chega "tem a democracia na sua género e na sua alma".
"Portugueses, eu não vou atrás de vocês, eu vou à vossa frente para liderar a mudança neste país", afirmou.
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