Aos 34, o avançado francês deve ser consagrado como o sucessor do argentino Lionel Messi, depois de anos de subalternidade ofuscado pelo português Cristiano Ronaldo no Real Madrid.
Desde 2019/20, com a saída de Ronaldo dos ‘merengues’, Benzema destacou-se e, na época passada, superou-se, totalizando 44 golos nas campanhas de sucesso do emblema madridista em LaLiga, na ‘Champions’ e na Supertaça Europeia.
Reconquistou também protagonismo na seleção francesa, vencedora da Liga das Nações, sucedendo a Portugal, após praticamente seis anos sem vestir a camisola dos ‘bleus’, pelo alegado envolvimento numa tentativa de chantagem a Valbuena.
Messi ergueu o troféu em 2021, 2019 e 2009, quando era só responsabilidade do France Football, e em 2010, 2011, 2012 e 2015, numa associação da revista francesa à FIFA, mas não consta dos 30 nomeados pela primeira vez desde 2005.
Entre os 30 finalistas destacam-se as presenças de Cristiano Ronaldo, do Manchester United, Bernardo Silva e João Cancelo, ambos do Manchester City, e Rafael Leão, do AC Milan, mas também de Luís Díaz e Darwin Nuñez, que jogam no Liverpool depois de terem alinhado por FC Porto e Benfica, respetivamente.
A época fulgurante e vitoriosa de Benzema deixa poucas dúvidas quanto à sua eleição, relegando para um papel secundário a presença dos portugueses, mesmo que se trate da 18.ª nomeação de Ronaldo, cinco vezes vencedor do prémio (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017).
O capitão da seleção portuguesa fez 24 tentos e três passes para golo em 38 partidas na temporada de regresso ao Manchester United, mas não logrou qualquer título coletivo, enquanto Bernardo Silva e João Cancelo reconquistaram a Liga inglesa e Rafael Leão levou o AC Milan ao cetro italiano, abrilhantando o feito com a eleição de melhor jogador da Serie A.
Além de Benzema, o campeão europeu Real Madrid está representado por outros quatro jogadores, casos de Casemiro, que rumou ao Manchester United, Luka Modric, Thibaut Courtois e Vinícius Júnior.
Robert Lewandowski, agora no FC Barcelona, sobressai na lista como melhor marcador dos campeonatos nacionais do ‘Velho Continente’ em 2021/22, com 35 golos em 34 rondas da Bundesliga pelo decacampeão alemão Bayern Munique.
O sucessor do ‘astro’ argentino será conhecido na cerimónia da entrega da 66.ª Bola de Ouro, com novos critérios de avaliação, que vão ineditamente passar a ter em conta a temporada desportiva em vez do ano civil.
Esse paradigma também vai incidir no galardão feminino, iniciado em 2018 e vencido em 2021 pela espanhola Alexia Putellas, uma das 20 finalistas anunciadas para 2022, a par de cinco campeãs continentais de clubes pelo Lyon e três de seleções com a Inglaterra.
A mesma durabilidade tem o Troféu Raymond Kopa, destinado ao melhor futebolista sub-21, no qual o defesa Nuno Mendes, que trocou o Sporting pelo Paris Saint-Germain, está designado pela segunda edição seguida, após o êxito do espanhol Pedri (FC Barcelona).
Também hoje vai ser entregue o Troféu Lev Yashin, que reconhece desde 2019 o melhor guarda-redes mundial e foi vencido em 2021 pelo italiano Gianluigi Donnarumma (Paris Saint-Germain), desta vez fora dos 10 eleitos, ao contrário do esloveno Jan Oblak (Atlético de Madrid) e do brasileiro Ederson (Manchester City).
Desde a criação da Bola de Ouro, em 1956, foram distinguidos os portugueses Eusébio (1965, ao serviço do Benfica), Luís Figo (2000, com os espanhóis do Real Madrid) e Cristiano Ronaldo (uma nos ingleses do Manchester United e quatro pelo Real Madrid).
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