Depois da saída de Joni Brandão, que voltou à Efapel, Tiago Machado reforça o lote de opções às ordens de Vidal Fitas e assumiu, em declarações à agência Lusa, ter recebido dos ‘leões’ “a melhor proposta e o melhor projeto”.
“Deram-me muita força para que pudesse estar a representar este clube e estou satisfeito. É um clube com muita história no desporto, e em especial no ciclismo, até pelo legado de Joaquim Agostinho. É um motivo de orgulho poder dizer que representei as mesmas cores que ele”, destacou.
Com dez ‘grandes voltas’ nas pernas, é “sempre bom regressar” ao país e poder estar “mais perto” da família e amigos, uma das grandes forças numa carreira em que concretizou um “sonho de correr além fronteiras e participar nas melhores corridas do mundo”.
Lutar pela Volta a Portugal, e quebrar a hegemonia do W52-FC Porto nos últimos anos, é “um sonho” e um objetivo da equipa, mas Tiago Machado quer ser “mais uma referência na equipa” e não o nome cimeiro, até porque há “bons ciclistas na equipa” e experiência de correr a Volta.
Em declarações ao sítio do Sporting depois de uma visita ao museu do emblema 'leonino', o diretor desportivo Vidal Fitas destacou o novo reforço como “um dos cinco melhores portugueses de sempre” e um nome “que vem para acrescentar qualidade”.
“A nível internacional, conseguiu alguns resultados de grande relevo e pensamos que podemos transportar isso para nível nacional”, acrescentou.
Machado, de 32 anos, correu os últimos quatro anos na Katusha, a que chegou depois de um ano na NetApp Endura (ProContinental), contando no currículo com quatro outros anos na Radioshack, entre 2010 e 2013.
Antes, o luso tinha iniciado a carreira na Carvalhelhos-Boavista em 2005, deixando a equipa, então designada Madeinox-Boavista, em 2009, ao fim de cinco anos.
Natural de Vila Nova de Famalicão, o ciclista venceu a Volta a Eslovénia em 2014, ano em que foi terceiro no Critérium Internacional, tendo no currículo vitórias no Grande Prémio Joaquim Agostinho (2008) e um terceiro lugar no Tour Down Under (2012), entre outros resultados.
O melhor resultado em ‘grandes voltas’ aconteceu em Itália, terminando o ‘Giro’ de 2011 em 19.º lugar, contando ainda com um 32.º na ‘Vuelta’ do mesmo ano.
Em 2018, correu a Volta a Espanha, que terminou em 79.º lugar, além de ter estado nos Mundiais e nos Europeus de fundo, desistindo em ambas as provas, sendo que em Glasgow, nos Europeus, foi 11.º no contrarrelógio individual.
Campeão nacional do ‘crono’ em 2009, foi terceiro na prova da presente temporada, tendo ainda participado nos Nacionais de fundo, cortando a meta no quarto posto.
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