O objetivo é “chegar à paridade” entre o programa feminino e o masculino, na história do atletismo olímpico, disse aquele dirigente, após a reunião por videconferência do Comité Executivo do COI, hoje realizada.

A mais longa das provas de marcha é exceção no programa olímpico, já que é a única que não prevê classificação para as mulheres, ao contrário do que acontece no programa dos campeonatos do mundo e da Europa (em que a distância deve baixar para 35 km).

A falta de paridade para os Jogos de Tóquio tem sido alvo de contestação por parte de várias atletas, entre as quais a portuguesa Inês Henriques, antiga campeã mundial, mas sem sucesso.

Kit McConnell considera essencial que não se ultrapasse a quota global de atletas, ao mesmo tempo que garante que em 2024 a marcha olímpica não desaparece, já que continuam as provas 20 km para homens e para mulheres.

Os 50 km marcha são a mais longa das provas de atletismo no programa oficial e uma das poucas disputadas fora do estádio, a par dos 20 km e da maratona. Ao longo dos tempos tem estado ligada a um recorde de desistências e a situações de atletas que terminam em deploráveis condições físicas.

O fim dos 50 km marcha nos Jogos Olímpicos marca também a firme intenção do COI em reduzir o total de participantes nos Jogos de 11.092 para 10.500 em Paris2024, sem afetar a regra da paridade.

A chegada das mulheres à prova “iria aumentar o número total de atletas inscritos”, explica Kit McConnell, pelo que o COI preferiu uma prova mista, que ainda vai ser concretizada pela World Athletics (WA).

Nos últimos anos a WA já ensaiou a realização de provas mistas, nomeadamente estafetas de percursos diferentes, cumpridos por dois homens e duas mulheres.