Através de um comunicado, o clube da II Liga justifica a decisão com a conduta de Pedro Proença, dizendo não se rever nos seus atos “contrários aos princípios e funções que os membros da direção estão obrigados a respeitar”.
O Cova da Piedade junta-se assim ao Benfica, que pediu, na sexta-feira, para deixar a direção da Liga durante uma reunião com todos os clubes do principal escalão profissional, na qual Pedro Proença pediu a marcação de uma Assembleia Geral para 9 de junho, para discutir a governação do organismo e apreciar o apoio anunciado para os clubes da II Liga.
“Convidamos o atual presidente a retirar as devidas ilações e a demitir-se de funções, uma vez que o atual momento do futebol e do nosso país exige que à frente desta direção esteja uma pessoa que trabalhe para a união dos clubes e a defesa dos seus interesses e não para fomentar a desunião em prol de uma qualquer agenda de interesses pessoais”, lê-se num comunicado enviado às redações.
Os pidenses já tinham anunciado, na quinta-feira, a intenção de responsabilizar Pedro Proença a título pessoal pela descida ao Campeonato de Portugal, decidida na reunião de direção de 5 de maio, acusando o presidente da Liga de ter conduzido o encontro “de forma a condicionar o seu resultado”, com recurso a expedientes “reprováveis e violadores da lei”.
No momento da interrupção da II Liga e posterior decisão de cancelamento definitivo desse campeonato devido à pandemia de covid-19, o Cova da Piedade ocupava o penúltimo lugar, em zona de descida, a sete pontos do Vilafranquense, primeiro clube acima da ‘linha de água’.
O clube do concelho de Almada fazia parte da direção do organismo juntamente com Benfica, Sporting, FC Porto, Tondela e Gil Vicente, da I Liga, além de Mafra e Leixões, do mesmo escalão, mas não teve voto na matéria por ser parte interessada na mesma.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para4 de junho.
A II Liga ficou de fora da autorização dada pelo plano de desconfinamento do Governo e da Direção-Geral da Saúde para a conclusão da I Liga e da Taça de Portugal de futebol.
Comentários